sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Meus Pais

Esta é minha mãe, Tereza de Jesus Muniz Miranda, nasceu em Caravelas sul da Bahia, em 16/09/1928. Sua história é muito alegre, porque ela é uma pessoa que esta sempre de bem com a vida. Teve seus momentos de dificuldade, como todo mundo, mas consegue superar e transmitir para todos que a rodeiam uma harmoniosa alegria de viver, de ser feliz e principalmente de fazer o bem e trazer felicidade.
Uma jovem inteligente, habilidosa em trabalhos manuais, cedo começou a aprender a costurar com sua tia Dona.
Muito católica, como seu pai, fazia parte do coro da igreja e de todas as festas religiosas.
Aproveitou intensamente sua juventude, gostava de dançar, pular carnaval, fazer piquenique, tomar banho de mar e ribeiro (ribeiro é um pequeno córrego de agua doce), namorar então nem se fala. Como era muito bonita e alegre, chamava atenção de todos, inclusive, é claro, de meu pai, que veio de fora e teve o privilégio de se apaixonar por ela. Os outros rapazes, filhos de fazendeiros, ficaram, como ela costuma expressar "no ora veja".
Casou-se com Adriano Miranda, meu pai. Perdeu seu primeiro filho, num parto complicado que quase a levou também. Mas sua aventura na vida tinha que continuar para colocar no mundo mais seis filhos.
Como meu pai ficou desempregado em Caravelas, voltou para o Rio de Janeiro e tempos depois mandou busca-la.
Chegou ao Rio com os quatro primeiros filhos, foi morar em Caxias, numa casa de vila. Desde então sua vida foi muito sacrificante. Carregou muita água; mesmo sem conhecer direito a cidade, era ela que levava os filhos para médico;  via escola; cuidava da casa e ainda costurava para uma fábrica.
Filhos criados, quando poderia descançar, meu pai adoeceu e durante mais de 10 anos, foi ela quem cuidou dele, e o fez com muita dedicação e amor.
É num mundo de recordações, dos tempos vividos na sua cidade, do amor pelo meu pai, da lembrança dos filhos pequenos, que leva sua vida, além de fazer crochê, ponto de cruz e palavras cruzadas. Lembra com detalhes de tudo, e é um prazer ouvi-la contar suas histórias.

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